Por fistem | Em julho 28, 2016
O consumidor atual é cada vez mais exigente e informado sobre seus direitos. E cabe a indústria alimentícia se adaptar às exigências do consumidor. Uma grande conquista da população, que beneficia não só aquelas famílias que o(s) filho(s) apresenta diagnóstico de Alergia Alimentar, mas também os pacientes com Doença Celíaca (deve-se EVITAR o consumo da proteína, conhecida como Glúten, e encontramos Trigo, Cevada, Aveia e Centeio), pacientes com autismo (que devem seguir uma dieta restritiva ISENTA DE LEITE DE VACA, GLÚTEN, CORANTES, E OUTROS).
De acordo resolução aprovada em RDC n. 26/2015, as indústrias de alimentos e bebidas tiveram um prazo de um ano para adequarem os rótulos de composição dos ingredientes. Além, disso deverão informar a existência de 17 alimentos alergênicos:
Alergia Alimentar é uma reação adversa a um alimento ou a um determinado componente nele encontrado. Do ponto de vista imunológico, é mediada por imunoglobulinas E (IgE) e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele (vermelhidões, assaduras, dermatites atópicas), no sistema gastrintestinal (cólicas, distensão abdominal, sangue e/ou muco nas fezes, sangue oculto nas fezes, vômitos, diarréia e outros) e também respiratório (chiados, tosse, otites, bronquites, falta de ar). Estima-se que as alergias alimentares acometam 6-8% das crianças com menos de 3 anos de idade e 2-3% dos adultos.
Já foram descritos mais de 160 alimentos que podem causar algum tipo de reação alérgica, sendo os mais freqüentemente e de relevância à saúde pública, de acordo com o Codex Alimentarius, são: OVOS, LEITE, PEIXE, CRUSTÁCEOS, CASTANHAS, AMENDOIM, TRIGO E SOJA. As macromoléculas, em especial as proteínas presentes nestes alimentos, são os principais componentes responsáveis pelas reações alérgicas.
Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo individuo isto está relacionado alérgenos com a similaridade de seqüên¬cias protéicas em alguns alérgenos e conseqüente risco de reações cruzadas. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a lentilha ou feijão. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao trigo, põem apresentar reação a cevada e ao centeio.
A alergia ao leite de vaca e a intolerância à lactose são duas condições clínicas diferentes, que não devem ser confundidas pelos pais. A alergia ao leite de vaca é decorrente de uma resposta imunológica da mucosa intestinal às proteínas do leite de vaca, como a alfalactoalbumina, betalactoglobulina, e caseína, que são reconhecidas como substâncias estranhas ao organismo (alérgicos), desencadeando a produção de anticorpos. È caracterizada por sintomas gastrointestinais, respiratórios e dermatológicos. São eles: vômitos, diarréia, sangramento intestinal, constipação intestinal, cólicas, irritabilidade, anemia, dificuldade de ganho de peso, bronquite, otite, urticária, manchas vermelhas no corpo.
A intolerância à lactose caracteriza-se por um por uma deficiência de uma enzima chamada lactase produzida na mucosa intestinal, responsável pela digestão da lactose, que é um açúcar presente no leite de vaca e seus derivados. Intolerância ao açúcar é diferente de intolerância à proteína.